E se fosse o Chávez?
O conflito entre o governo e a guerrilha, particularmente as Forças Revolucionárias da Colômbia (FARC), sempre teve episódios polêmicos, porém, os acontecimentos recentes, nos remete a algo que vai além dessa contenda doméstica. Se coloca no âmbito das relações internacionais. É sabido que na disputa política e territorial da Colômbia sobravam troca de acusações, principalmente no que se refere ao financiamento da guerrilha. É fato também que, a partir do Plano Colômbia a tensão aumentou sensivelmente na região.O conhecido Plano se caracterizou como uma intervenção dos Estados Unidos na Colômbia, com o pretexto de combater o narcotráfico no continente e reflete a situação cada vez mais cômoda do imperialismo norte-americano, sobre um dos países mais ricos em reservas naturais da Amazônia.
A questão crucial do Plano Colômbia é o combate aos grupos de guerrilha, não pela ligação desses com o tráfico e sim, pela capacidade de mobilizar a população mais pobre, de origem indígena, contra o imperialismo norte-americano.Enquanto a direita dirigiu a maioria dos países na América do Sul, o referido plano e os intentos norte americanos tiveram apoio e serviu para que o governo colombiano mantivesse sua ofensiva contra as FARC e se armasse com financiamento dos EUA, transformando-se numa espécie de Israel latino-americano.
Por trás da invasão colombiana ao Equador existe a intenção clara de colocar a esquerda na defensiva, particularmente, depois das negociações para libertação de reféns, comandadas por Chávez. Cabe aqui dizer que, reféns como forma de pressionar inimigos é prática corriqueira em diversos conflitos e é usado inclusive pelo governo da Colômbia. Além do mais, nada justifica uma agressão dessa natureza. Nesse sentido, devemos perguntar aos que acham natural tal atitude sob o pretexto de combater o “terrorismo”: e se fosse a Venezuela que promovesse essa “incursão”?
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