DEMOCRACIA PARA QUÊ?

Todas as vezes que vejo o guia, me pergunto: quem representa quem? Ou melhor: quem representa o quê?
Primeiro, precisamos pensar sobre o que é representação. Segmentos podem ser representados, parcelas podem ser representadas, categorias idem. Mas, quem decide essa representação?
Nas associações classistas ou de bairros, os líderes se lançam na disputa através de plataformas ou programas. Durante as lutas reivindicatórias algumas lideranças se destacam e daí em diante podem se lançar para um outro patamar da vida pública: a esfera institucional.
Nas eleições gerais, tudo isso parece se diluir. Não faltam candidatos que dizem representar pobres, pequenos empresários, categorias profissionais, fieis, negros e até índios.
A pergunta é: quem decidiu tais representações?
Assim como as representações, outro aspecto interessante é o debate sobre os temas importantes e necessários para o país e para os representados, ou seja, para a sociedade.
Vi recentemente, que tem candidato intitulando-se representante até dos índios. Representando que etnia ou povo?
Primeiro, precisamos pensar sobre o que é representação. Segmentos podem ser representados, parcelas podem ser representadas, categorias idem. Mas, quem decide essa representação?
Nas associações classistas ou de bairros, os líderes se lançam na disputa através de plataformas ou programas. Durante as lutas reivindicatórias algumas lideranças se destacam e daí em diante podem se lançar para um outro patamar da vida pública: a esfera institucional.
Nas eleições gerais, tudo isso parece se diluir. Não faltam candidatos que dizem representar pobres, pequenos empresários, categorias profissionais, fieis, negros e até índios.
A pergunta é: quem decidiu tais representações?
Assim como as representações, outro aspecto interessante é o debate sobre os temas importantes e necessários para o país e para os representados, ou seja, para a sociedade.
Vi recentemente, que tem candidato intitulando-se representante até dos índios. Representando que etnia ou povo?
Tem um imbecil que defende na luta proporcional a pena de morte. Não estranhem, para mim é isso mesmo. Alguém que defende pena de morte, de maneira populista e irresponsável como aquele candidato à estadual, não pode ser tratado de outra forma.
Esquecer que a impunidade acontece, via de regra, em virtude do poder aquisitivo e da fortuna que cada um tem, é pedir para assassinar milhares de jovens pobres, na maioria negros e vítimas das desigualdades sociais de uma sociedade injusta. Senão, digam quantos assassinos do índio pataxó, que morreu queimado, estão ao menos na cadeia. O fato de serem filhos de desembargadores e ricaços estabelecidos em Brasília, não tem nenhuma ligação?
O que vemos são temas os mais diversos, surgirem como prioritários para a política. Muita gente querendo se enquadrar como "ficha limpa". Porém, nenhum candidato proporcional diz defender financiamento público como forma de maior controle sobre as investidas de empresas nas campanhas em troca de privilégios. Muita candidatura dizendo defender educação, todavia, não vota nem votaria a favor da real valorização dos profissionais da educação.
Muitos dizem ser a favor de distribuição de renda, mas se benze dianta da possibilidade de taxação das super furtunas e heranças. Reforma agrária nem pensar. Índio é coisa do passado e suas terras também.
Qual país desenvolvido convive com os índices de concentração de renda e de terra, que temos aqui?
Se as plataformas e reivindicações dos segmentos, categorias, etnias e demais setores da sociedade brasileira, não são discutidas com os supostos representados, que democracia nós temos? Ou dito de outra forma, democracia para quem? Ou para quê? Os temas estão definidos. Já estamos representados, mesmo que seja pelos intermediários.
Não acho que devemos perder o direito ao voto, apenas acredito numa sociedade mais proativa, que diga o que quer discutir e quem, verdadeiramente, a represente.
Esquecer que a impunidade acontece, via de regra, em virtude do poder aquisitivo e da fortuna que cada um tem, é pedir para assassinar milhares de jovens pobres, na maioria negros e vítimas das desigualdades sociais de uma sociedade injusta. Senão, digam quantos assassinos do índio pataxó, que morreu queimado, estão ao menos na cadeia. O fato de serem filhos de desembargadores e ricaços estabelecidos em Brasília, não tem nenhuma ligação?
O que vemos são temas os mais diversos, surgirem como prioritários para a política. Muita gente querendo se enquadrar como "ficha limpa". Porém, nenhum candidato proporcional diz defender financiamento público como forma de maior controle sobre as investidas de empresas nas campanhas em troca de privilégios. Muita candidatura dizendo defender educação, todavia, não vota nem votaria a favor da real valorização dos profissionais da educação.
Muitos dizem ser a favor de distribuição de renda, mas se benze dianta da possibilidade de taxação das super furtunas e heranças. Reforma agrária nem pensar. Índio é coisa do passado e suas terras também.
Qual país desenvolvido convive com os índices de concentração de renda e de terra, que temos aqui?
Se as plataformas e reivindicações dos segmentos, categorias, etnias e demais setores da sociedade brasileira, não são discutidas com os supostos representados, que democracia nós temos? Ou dito de outra forma, democracia para quem? Ou para quê? Os temas estão definidos. Já estamos representados, mesmo que seja pelos intermediários.
Não acho que devemos perder o direito ao voto, apenas acredito numa sociedade mais proativa, que diga o que quer discutir e quem, verdadeiramente, a represente.
Marcadores: Democracia, representação
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