17 junho, 2013

Poesia

E há poesia quando te perco
e tenho saudades
Porque nem tudo é sempre
E nem sempre preenchido.
Do Lótus cai uma luz púrpura
E tudo vira vazio.


E porque me despetalei
E sequer percebeste
Outra pele nasceu.

Fresca, de sabor róseo,
Um luar tangível:
Substantivo concreto.

E de tuas mãos correram ventos
Que me assanharam o cabelo
E a poeira de lágrimas há tanto caídas
Verteu-se em água novamente:
Um fluxo da morte à vida
Como as águas deste rio.

Virgínia Celeste Carvalho



http://casainabitada.wordpress.com/2013/05/07/poesia/

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