09 dezembro, 2010

Adolescência perdida

O resultado da pesquisa organizada pela Unicef, sobre adolescentes vítimas fatais da violência, revela que existe um longo caminho a ser percorrido para que nossa juventude tenha um futuro melhor.
É importante dizer que a campanha subliminar da Rede Globo, em programação do horário nobre para redução da imputabilidade de menores, não precisa mais ser veiculada, pois os jovens menores de 18 anos já estão pagando, inclusive com a vida, infelizmente, o seu envolvimento com o ilícito.
Foz de Iguaçu/PR é o município recordista em homicídios contra adolescntes com idade entre 12 e 18 anos (11,75 por grupo de mil habitantes). Porém, Pernambuco não ficou distante.
Segunda a pesquisa, Olinda e Recife são as 3ª e 4ª colocadas, respectivamente, nesse quisito.
O problema é que o fato é encarado como caso de polícia e não como questão social. O governo do estado, por exemplo, manda para dar entrevista, técnicos da SDS, demonstrando a visão sobre o assunto. E a delegada fala (ao vivo) que a situação de pobreza não é condicionante para o envolvimento na criminalidade (entrevista no Bom Dia PE - 09/12/2010). Em que planeta ela está? Não precisa ser expert em segurança ou em desenvolvimento social para perceber pelos quatro cantos das cidades a condição em que muitos jovens sobrevivem. Se essa condição não os leva ao crime, o que será?
A colocação nacional das cidades pernambucanas é preocupante e põe à nu a realidade vivida pelos jovens daqui. Remete a necessidade de implementação de políticas públicas urgentes e permanentes para esse segmento da sociedade. Antes que seja muito tarde!

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