27 julho, 2010

Jarbas e Eduardo: o mesmo veneno


A imprensa pernambucana não fala de outra coisa senão das reclamações do senador/candidato, sobre supostas (algumas confirmadas) coopitações de bases oposicionistas. Há 12 anos atrás, o caminho dos prefeitos e deputados era no sentido da candidatura de Jarbas (franco favorito na eleição de 1998). Hoje o jogo mudou.
O fato é que a política é bastante recheada de idas e vindas a partir da relação com o poder executivo. Apoiar quem está ocupando o executivo é bastante corriqueiro. Isso ocorre nos legislativos municipais com relação aos prefeitos, que logo após as eleições, via de regra, passam a ter maioria. Nas relações com os governos estaduais e federal, não só o legislativo como as prefeituras sucumbem ao encanto do governante de plantão.
Jarbas, que gozou de apoios incondicionais e condicionados, sabe bem como isso acontece e não deveria reclamar. Os que profetizavam sobre a hegemonia do bloco Jarbista durante vinte anos no poder (a partir da eleição de 1998), terminaram por ter que se explicar quando a professia caiu dois anos depois, com a eleição de João Paulo(Recife) e Luciana(Olinda), que sempre foram do campo oposto ao de Jarbas e seus aliados.
A troca de lados, por mero oportunismo, infelizmente é uma prática comum na política. O que chama a atenção é o protesto de quem já fez uso dos mesmos recursos e de outros expedientes, para chegar e se manter no poder político. O veneno é o mesmo o que mudou foi o manipulador.

21 julho, 2010

Eleições: vai começar a baixaria

O Brasil tem desafios enormes pela frente e vive um momento crucial para consolidar-se como liderança no continente e no mundo. Não cabe mais dirigentes despreparados e subservientes.
Essas, parecem ser as características principais da chapa presidenciável do PSDB/Democratas. As declarações do vice de José Serra, reforçadas por ele, não deixam dúvida. A tática do terrorismo eleitoral é prática recorrente na direita brasileira. Já apontaram envolvimento da esquerda com sequestradores e narcotraficantes, já atribuíram fuga de capitais a candidaturas, e apostaram que o atual governo promoveria a bancarrota econômica do país. Nada comprovado.
Serra e seus aliados falam que Dilma não tem preparo, mas até o momento ele não apresentou um programa de governo. Talvez porque lhe falta apoio técnico da Casa Branca, como seu correligionário FHC tinha. O caminho que o PSDB e o DEMO sempre trilharam, foi o da subserviência às grandes potências.
Todavia, a distância que existe entre FHC e Serra é o vice de cada um, enquanto Marco Maciel era um coadjuvante discreto, até demais para os interesses de Pernambuco, já o Antonio Pedro é metido a pitbul e se mostra completamente despreparado. As declarações dele o desabonam ao cargo pleiteado. A campaha mal começou e ele já aprontou. Quais candidaturas, realmente são despreparadas?
Agora é esperar para ver se a justiça eleitoral vai se pronunciar ou vai se omitir, permitindo um debate de baixo nível, que em nada contribui para o futuro do país. Ou o Brasil se consolida ou afunda nas mãos da diplomacia de baixo calão dos postulantes demo/tucanos.